sábado, 6 de março de 2010

Reflexões sobre a vida.


Hoje eu conheci uma pessoa que me chamou a atenção.

Primeiro pela sua aparência: um homem alto, pele branquinha, sorriso bonito e um porte físico espetacular. Atrativo, não?

Depois pela história de vida dele. Um cara de 21 anos que já passou por coisas que não fazem parte da minha realidade. Hoje trabalha como modelo e ator mas, se eu entendi direito, já chegou a morar na rua e ter trabalhos diversos. Entre eles, o de stripper. Por um milésimo de segunfo que tenha sido (ou mais), aquela barreira preconceituosa que a sociedade criou veio a mim. Eu pensei "Stripper??!". Mas em seguida eu vi que aquela era uma pessoa que vivia a vida, que provavelmente teve que passar por dificuldades pra alcançar seus sonhos. Dificuldades essas que vão muito além de ficar com a bunda sentada na cadeira lendo uma apostila que contém as respostas para o "sucesso".

Uma bela carinha que esconde uma vida sofrida. Foi a imagem que eu tive dele ao fim de tudo. E o admirei por isso, pensando que minha vida é perfeitinha demais perto de outras vidas existentes por aí. E, na mesma proporção talvez, a minha experiência de vida é muito reduzida se comparado à de todas essas pessoas (e não só essas né). Dor, eu nunca senti. Ou pelo menos acredito que não uma dor significativa. Oportunidades, eu tenho de sobra. Estudo onde quero, graças ao meu pai que dá todo o suporte que preciso pra viver a vida numa ordem cronológica. Colégio, cursinho, (cursinho), faculdade-trabalho. Eu não preciso correr atrás do meu futuro desesperadamente, porque eu tenho quem me sustente. Eu não preciso arranjar um emprego aos 18 anos... E, pra falar a verdade, nem sei se meu pai concordaria com uma iniciativa minha dessas. Acho que ele prefere que eu continue estudando primeiramente. (...) Sou uma pessoa acomodada? Talvez sim. Mas prefiro acreditar que apenas sei aproveitar as oportunidades que Deus me deu. Eu não sou uma vagal, apenas não trabalho ainda.

A imagem... Quinta da Regaleira, em Portugal.
Não sei, achei que tinha tudo a ver com esse post. As pedras representam os caminhos que eu percorro. A água com superfície coberta por musgos seria o caminho percorrido pelas pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu. Ambos atravessaremos e chegaremos ao nosso destino, mas de maneiras diferentes. É claro que, indo pelo caminho mais fácil, eu deixo de aprender a nadar ou como me livrar dos musgos após a travessia. Mas, por outro lado, pode ser que eu tenha tempo para aprender outras coisas, como me equilibrar nas pedras, por exemplo. Qual o melhor caminho? Sinceramente não sei. Ambos possuem suas vantagens e desvantagens, assim, não posso dizer que minha vida é melhor.

[Quanto ao rapaz citado... Bom, tomei a liberdade de falar sobre a sua vida porque, afinal, ele nem me conhecia e me disse essas coisas. Então achei que não haveria problema, não seria uma exposição tão grande, sendo que ninguém o conhece.]

----------

O que é o meu Amor? senão o meu desejo iluminado
O meu infinito desejo de ser o que sou acima de mim mesmo
O meu eterno partir da minha vontade enorme de ficar
Peregrino, peregrino de um instante, peregrino de todos os instantes.

(A Vida Vivida - Vinicius de Moraes)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Rio Tejo, Portugal.


20 de janeiro de 2010: Olho essa paisagem e me sinto leve.
Uma tentativa de registrar uma parte do momento vivido:

----------

"Deus ao mar o perigo e o abismo deu / Mas nele é que espelhou o céu."


Sim, eu sei que valeu a pena.
Não foi o suficiente pra conseguir o que eu queria, mas valeu.

É estranho ter que varrer da minha mente todos os planos feitos antecipadamente pra um ano na faculdade... E começar a bolar novos relacionados a um outro ano de cursinho.

Mas é como eu mesma digo neste blog: Reinvente-se!
E é isso que eu pretendo fazer esse ano.
É claro que o que eu mais quero é entrar na USP, mas... Será que vale a pena deixar de viver tantas coisas pra me dedicar só e somente a um sonho que pode nem se realizar?
Será que viver se preocupando em cumprir "Tarefas Mínimas e Complementares" é o caminho pra atingir os objetivos, ou mesmo pra ser feliz enquanto não os atingimos? Eu já fiz isso tudo durante 1 ano e não pretendo seguir à risca uma segunda vez.
(...) Isso tudo não significa que estou num momento rebelde da minha vida e vou jogar tudo pro alto. Não. Eu só quero encontrar uma maneira de não me fechar tanto ao Incrível Mundo do Anglo.

Parando pra pensar agora: em 2009, quantas vezes eu voltei pra minha casa e fiquei com a minha família? Quantas vezes eu fui a uma locadora e peguei um filme sem finalidade alguma que não fosse relaxar? Quantas vezes eu pude sentar no sofá e ler um livro que não estivesse na lista dos vestibulares? Quantas vezes eu sentei na frente do pc e perdi horas pesquisando curiosidades ou fazendo nada de mais? Quantas vezes eu liguei a televisão pra assistir algo que não fosse o Jornal Nacional? A resposta é... Pouquíssimas. Ou nenhuma.

Eu fico pensando tudo isso agora, mas há uma grande probabilidade de eu voltar ao sistema assim que começarem as aulas. Não é o que eu pretendo, mas talvez a minha consciência não me deixe ser um pouco mais livre nesse sentido.

E, neste momento, reinventar-me significa tentar viver cada dia de vestibulanda de uma maneira diferente e ter uma outra visão de um ano que teoricamente estaria se repetindo.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Desabafo

"Uma viagem pro exterior que mexe com o interior."

Há algum tempo eu não vivia intensamente. E verdadeiramente. Sem me preocupar com as impressões, as interpretações erradas, os olhares recriminatórios.
Assim que cheguei em São Paulo deixei de ser quem sempre fui, em partes. Diante de tantas pessoas desconhecidas no cursinho, na rua e em todos os lugares por onde eu passava... Tive receio de ser expansiva demais, afetuosa demais, transparente demais - como eu costumava ser em Caraguá, onde todos me conheciam, me viram crescer e sabiam do meu jeito de sempre.
Por algum motivo... Eu me senti mais à vontade do que nunca nessa viagem. Não sei se foi o fato de ser um grupo pequeno, de termos passado quase 24 horas juntos, de estar com pessoas com as quais eu tive afinidade... Mas eu me esqueci completamente da barreira que vinha colocando sobre mim mesma. A barreira protetora, pra que os outros não me olhassem com seus olhos maliciosos. E tive a sensação de ter voltado a ser a mesma pessoa do colegial. Nas brincadeiras, na falta de preocupação com obrigações, responsabilidades que passei a ter depois que comecei a morar sozinha. Consegui a liberdade de poder simplesmente viver... E nada mais.

Éée... Rolou um desabafo. Não era exatamente sobre isso que eu ia falar, mas melhor assim. Torna o post mais espontâneo.

----------

Uma confusão de sensações me invade. Será receio, ansiedade ou saudade de algo que nunca existiu?
Só o tempo dirá.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Europa!


Aaaah, Europa!
Maravilhosa, cada país com suas diferenças... Não posso dizer que um seja melhor ou pior que o outro.
Paris, toda rebuscada, arquitetura antiga e sempre trazendo uma sensação de grandiosidade. Ao chegar em Portugal, confesso que me senti estando em um lugar pior. Comparando-se Lisboa à Paris, essa foi a sensação que tive. Mas depois percebi que Portugal tem suas qualidades de uma maneira diferente. E Barcelona, bom... A coisa mais marcante foi o meu medo de andar na cidade! Pode ser que eu tenha tido uma impressão errada, mas tive mais medo dos carros lá do que em São Paulo! Tirando isso, visitamos o Museu Picasso que foi muito legal, principalmente pelos estudos sobre a obra "Las Meninas" (Velázquez / Picasso). Muito interessante!
E tudo isso, é claro, não seria possível sem a presença do Maurício e do Gian, meus professores do cursinho. O auxílio deles foi essencial pra que a gente entendesse as obras e aproveitasse mais as visitas aos museus. Não dá pra ter todo o conhecimento que eles já tem, mas alguma coisa a gente consegue sugar né :D
Aaaah, e "fizemos muitas lojinhas" também! Apesar de ser uma "viagem cultural", não conseguimos fugir dos baixos preços, principalmente de Portugal!
Na foto está a turma toda, que no geral era bastante animada e participativa.
Deu pra dar muitas risadas e curtir bastante a viagem!
- Mais fotos serão postadas em breve ;)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A natureza é maravilhosa!

Nossa, fazia um bom tempo que eu não tinha esse contato com a natureza...
Em São Paulo eu não vejo o mar todos os dias de manhã, não tenho muito tempo pra ficar deitada olhando o céu estrelado, não posso parar por uns segundos e respirar o ar com a sensação de que isso me purifica por dentro.
E isso tudo é o que eu sinto mais falta de Caraguá.

Muitas vezes, na correria da cidade grande, a gente se limita às nossas responsabilidades, aos problemas, às obrigações do dia-a-dia, e nos esquecemos de como é bom parar pra observar toda essa grandiosidade que nos cerca.

"A natureza é maravilhosa!". Falando assim parece algo clichê... Mas foi exatamente o que eu pensei quando estava diante daquela ilha imensa, a Ilha Bela, e diante daquele céu com um sol muito, muito quente. A sensação de estar ali, longe de tudo e só com pessoas que você ama... É inexplicável.

Aaaaaaaah! E os golfinhos! Acho que isso foi o mais legal de tudo! E eles surgiram de repente, eu acordei com todo mundo alvoroçado procurando por eles no mar. Eles são muito fofos, ficavam acompanhando o barco e pulando ao nosso redor. Muito lindos mesmo! Teve um que deu um salto muito alto, pena que não conseguimos gravar!

Bom, esse post tem a intenção de lembrar as pessoas de como é bom tudo isso, como é bom buscar essas sensações! E VIVA AOS GOLFINHOS!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Do título

Eu sei, não estou sendo nem um pouco original. Mas achei que começar este blog falando sobre o título que dei e sobre o que me levou a escolhê-lo seria uma boa idéia. Daí me veio Dom Casmurro à cabeça e pensei: "Ah, não é pecado nenhum copiar duas palavrinhas de Machado, é?"

Vamos ao título então: Move On!
Na verdade, roubei de um fotolog antigo meu. Mas como continuo com a mesma sensação (e espero nunca perdê-la), achei adequado pra este blog.
A foto é antiga também.

Indo direto ao ponto: estou criando este blog por simples registro de algumas descobertas, evoluções, mudanças e acontecimentos da minha vida.
O sentido disso tudo é que penso que devemos estar constantemente abertos a novas experiências - dentro do que é aceitável para cada um de nós - a fim de evoluir.
Outro motivo de eu entrar pra essa moda HOJE foi o fato de ter saído finalmente a lista para a 2ª fase da Fuvest. Eu já sabia que meu nome estaria lá, mas ainda assim foi bom ver escrito: Stephanie Lucas Teramae.
Agora é esperar pelo resultado em fevereiro de 2010. E, se Deus quiser, estarei estudando na ECA!

Justamente por esse motivo, acredito que não postarei mais nada até o dia 05 de janeiro. Afinal, tenho que aproveitar esse tempo pra me preparar melhor. Sem contar que continuo sem computador aqui em São Paulo (hoje foi uma exceção: meu paizinho veio me visitar *-*).

E pra finalizar, queria compartilhar algo até que novo na minha vida...
Desde o dia da 1ª fase da Fuvest eu tenho ido a uma igreja perto de casa. Na verdade, sempre fui da Igreja Presbiteriana, mas esse ano visitei umas outras e agora estou indo na Metodista Livre. Fui só uns três domingos por enquanto - inclusive ontem -, então não conheço muito bem. Mas tenho gostado até então.

E é isso.
Aos blogueiros que me visitarem: informações interessantes são sempre bem-vindas!